Natàlia Rodríguez - O Estado de S.Paulo
A experiência acumulada pela Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICMP) na cidade de Tuzla faz dela o centro de identificação mais avançado do mundo.
Países como o Chile enviaram ao centro seu banco de dados de DNA para a identificação das vítimas da ditadura, e governos como os da Tailândia e da Indonésia recorrem ao laboratório para a identificação das vítimas do tsunami.
Aos poucos, esta cidade converte-se num segredo conhecido por todos.
Os governos de vários países do mundo financiam os esforços da ICMP.
Sérvios, holandeses, americanos, espanhóis. Todos compreendem a necessidade das mães de Srebrenica e, por extensão, a de qualquer parente que tenha visto seus entes queridos desaparecendo em meio ao ódio de seus vizinhos, de uma ditadura ou em meio a uma onda gigantesca.
Como dizia a própria Antígona, todos os mortos têm o direito de ser enterrados. Um dos direitos humanos, tão humano quando o direito à vida, é o direito a uma sepultura.
Fonte: Estadão
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