Foto: Reuters / Sérgio Moraes

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A impunidade faz do crime um artigo em promoção

Todos os dias bandidos fortemente armados e motivados enfrentam a polícia carioca no Rio de Janeiro. Vidas de cidadãos são perdidas nesse cruel confronto. Quem está errado? a polícia que reage ou o bandido que ataca? Nesse país amador chega ser absurdo como os fatos são abordados. A polícia sempre é a mais errada e não o criminoso. Não que tenhamos uma polícia exemplar nesse país, mas talvez seja tempo de rever as prioridades.

Seria culpa da polícia ter reagido a um ataque no bairro granfinado de São Conrado? Quantas vezes aqueles homens foram presos? Quantas vezes aqueles homens ficaram impunes? Será que a justiça funciona para esses bandidos (ops!! conforme os Direitos Humanos não é politicamente correto chamá-los de "bandidos", eles são "cidadãos infratores")?

A sociedade brasileira tem que escolher os caminhos que ela deve seguir no que concerne a segurança pública. Temos exemplos preocupantes quanto ao aumento da criminalidade com é o caso da Venezuela, da Colômbia e do México. Não há outro caminho senão sair do amadorismo, das soluções mágicas ou "virtuais". Há que se respeitar do Direitos Humanos sempre, há que se garantir a proteção da vida sempre e há que se construir uma polícia forte, capaz e preparada urgentemente.


Mas, e a justiça? e o Código de Processo Penal? E o alto custo da prática do crime? Vivemos em um Brasil que o crime é barato. Os custos do crime compensa o risco. E o que torna esse custo barato é a impunidade.

 André Silva

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Qual reação devemos adotar com o adiamento da votação da PEC 300, uma idéia.

Como estou feliz pela enorme banana que o Governo Federal e sua base na câmara federal deram para os trabalhadores da segurança pública de todo Brasil, inclusive eu claro! Explico melhor.

Depois de incontáveis manobras para adiar a votação da PEC 300, afrontando flagrandemente o regimento interno, recebendo pressão de milhares de policiais e bombeiros militares durante toda tramitação da PEC, desrespeitando requerimento assinado por centenas de deputados requerendo a inclusão na pauta de votação, tendo que informar ao poder judiciário um mandado de segurança impetrado contra a presidência da casa por ter suspendido a tramitação de uma proposta de emenda constitucional a popularmente conhecida nos circulos policiais como "PEC 300".

Resta-nos agora lastimar, chorar, malidizer todos os políticos e dizer que todos são iguais e não prestam, que não tem palavra ou não respeitam compromisso. Não! guerreiros de primeira hora, devemos nos articular, mobilizar, e nos empenharmos de coração e alma nestas eleições.

Todos vimos, ouvimos, presenciamos e aprendemos que ter voz não basta, precisamos que ela seja ouvida e respeitada, para isto não há outra saída se não elegermos policiais e bombeiros militares, que conhecem, compreendem e vivem ou viveram nossa realidade, em seus mais variados aspectos, e insisto em acreditar que temos gente preparada e com este espírito em nosso meio.

Devemos começar a nos articular pelas redes sociais virtuais, usando e aplicando toda esta tecnologia para defendermos e dar publicidade as nossas idéias e propostas, e convocar a todos, do coronel ao soldado, do detetive ao delegado, enfim todos os trabalhadores da segurança pública para alinharmos e nos unirmos em torno de uma frente revolucionária democrática da segurança pública - FRDseg -, de norte a sul, do oiapoque ao chuí.

Para por meio desta grande frente poder apoiar e declarar nossos candidatos, mas de modo organizado e coletivo, para assim podermor iniciar uma nova legislatura com a composição miníma de uma frente parlamentar de defesa dos policiais e bombeiros militares, em âmbito estadual e federal, cuja responsabilidade suprema e absoluta será reverter o caos político, de abandono e desvalorização que se abateu sobre a segurança pública e seus trabalhadores, de que a muito se ressente a sociedade, em especial e diretamente os trabalhadores da segurança pública.

A insegurança e a desvalorização dos trabalhadores da segurança pública são irmãs gêmeas, mas temos como, se quisermos mudar esta realidade que atinge e avilta a dignidade dos trabalhadores da segurança pública e multiplica o medo, o pânico o terror da violência e da criminalidade.

O momento não poderia ser mais propício e adequado, temos um motivo importante, defendemos uma bandeira justa e legitíma, há um clamor social em crescente elevação, e temos uma capacidade organizada em todos os municípios brasileiros, que em sua grande maioria tem acesso a internet, e há meios para organizar um grande debate nacional com todos os candidatos militares e policiais em seus estados, e com os eleitores da família da segurança pública para unificar o discurso e disseminar um movimento nacional capaz de transformar este momento em uma ação libertadora na luta e defesa de nossa emancipação política.

Não devemos nos dispersar, precisamos superar vaidades, orgulho e os projetos pessoais de poder ou de grupos, e nos lançar sem hipocrisia na luta de defesa de nossa dignidade, porque não existe nada mais humilhante do que ser enxotado como cachorro de um lugar que todos chamam de, a casa do povo. Ou reagimos, ou jamais seremos respeitados.

Caso se interessem pela idéia e queiram comunicar-se conosco, nosso e-mail é cidadaniaedignidade@yahoo.com.br, assim poderemos trocar as primeiras impressões e estabelecer um discurso coeso, único e perssuasivo, para que todos possam colaborar, participar e decidir sobre nosso destino como organização e o futuro de nossa profissão.

Peço também a quem interessar que publique o artigo em seus blogs, assim um maior número de interessados poderão participar e expressar sua opinião ou idéia.

Sgt Barbosa
Blog "Segurança com Cidadania e Dignidade"

Aos caros leitores do blog!!!

Caros amigos leitores,

Depois quase um mês sem postar, retorno para nosso espaço virtual. Tem momentos em que temos que dar uma pausa para repensar e organizar as idéias. A contemplação e meditação é uma retirada estratégica que nos permite repensar e oxigenar a mente para uma nova jornada. Escrever e pensar sobre segurança pública nesse país é um exercício que exige muita força de vontade e dedicação uma vez que há muito ainda por fazer por simples falta de compromisso político e  maturidade cidadã. Pessoalmente não vejo nesse momento, diante de uma crise de insegurança sem precedentes, nenhum outro assunto que ocupe o topo da agenda da segurança pública do que a reforma de todo o sistema de segurança pública dos Estados. Há que se mudar nesse país a forma de se administar, de gerir uma nação, de fazer política, de pensar o bem estar do cidadão. É revoltante ver que há excelentes modelos em outras nações que poderiam ser aproveitados. Esse país do "jeitinho" e da "politicagem" hoje sofre com o a impunidade, com a ineficácia da justiça, com a quase inoperância das polícias, com a consolidada universidade do crime que se tornou o sistema prisional. Parece que nínguém fala a mesma língua e todos querem ser entendidos, uma confusão que só interessa a quem está imune e protegido pelo pode político e econômico. Nesses oitos anos de governo que está terminando houve alguns avanços como o Pronasci e a Conseg. Mas, esperava-se mais de alguém que um dia disse que a "esperança venceu o medo". Hoje, esse alguém deixa o governo de uma nação que caminha com o medo da violência, do criminoso, do assaltante, enfim, do outro. Aliás, esperava-se muito mais na segurança e na educação e na saúde. Vamos continuar pensando esse país que insistindo na mudança positiva.

André Silva 

domingo, 1 de agosto de 2010

Lula protege a mulher ou protege o voto da mulher?

Comentários do blog sobra a condenação da iraniana e possível asilo político do Brasil anunciado por Lula:

No Brasil em que uma mulher morre a cada duas horas, é inadmissível quem um presidente diga que atender a vários pedidos para interceder junto a outra nação, o Irã, por uma mulher que será condenada ao apedrejamento por adultério seja considerado uma "avacalhação". Vamos a alguns fatos recentes: a francesa Clotilde, que também estava presa no Irã, teve a benevolência do Lula. Porque a francesa sim e a iraniana adultera não? Seria supremacia dos interesses políticos e comerciais com a França ou um puro sentimento de camaradagem com o suposto homem traído? Lula buscou interceder por pela ex-prisioneira das FARC Ingrid Betancour, outra francesa, ajudou na libertação dela. Por que atender a um pedido por uma iraniana é "avacalhação"? e se essa mulher fosse alemã? americana? italiana? pernambucana?

Lula deve ousadia de enfrentar os "donos do mundo", juntamente com a Turquia, sobre o projeto de produção de energia atômica do Irã mas considera uma "avacalhação" atender vários pedidos que "qualquer" que venha pedir. Quem são essas pessoas incluidas no "qualquer"? ativistas, imprensa, eleitores?

Abrir o mercado brasileiro a um pais que apedreja mulheres por adultério pode mas inteceder para que uma delas não morra é "avacalhação". Infelizmente "avacalhação" tem sido o legado que esse governo deixou na educação, na saúde e na segurança pública. Afinal, Lula ofereceu asilo a algum preso político no Brasil?

André Silva


Lula diz que Brasil pode conceder asilo a iraniana condenada por adultério

Em Curitiba, presidente pediu ao Irã que permita que Brasil abrigue mulher sentenciada à morte.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que o Brasil pode conceder asilo a uma iraniana que foi condenada à morte em seu país por crime de adultério.

Durante um comício da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em Curitiba, Lula fez um apelo para que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, permita que a mulher, Sakineh Mohammadi Ashtiani, possa se asilar no Brasil.

"Apelo ao líder supremo do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que permita ao Brasil conceder asilo a esta mulher", disse Lula, de acordo com informações da Agência Brasil.

O caso de Ashtiani causou protestos da comunidade internacional e de entidades de defesa dos direitos humanos, após ela ter sido condenada à morte por apedrejamento pelo crime de adultério.

No início do mês, no entanto, as autoridades iranianas haviam afirmado que ela não seria mais morta por apedrejamento, embora a mulher ainda possa ser sentenciada à morte por enforcamento pelo crime de adultério e outras acusações que pesam contra ela.

Pedido

Esta não é a primeira vez que Lula comenta publicamente o caso de Ashtiani.

Na quarta-feira passada, durante uma coletiva em Brasília, quando questionado sobre uma campanha para que ele tentasse interceder no caso, Lula afirmou que "um presidente da República não pode ficar na internet atendendo todo pedido que alguém pede".

O presidente, no entanto, afirmou ter tentado interceder em outros casos de pessoas presas no Irã, entre eles, o da professora francesa Clotilde Reiss, libertada em maio.

"Agora, é preciso tomar muito cuidado, porque as pessoas têm leis, as pessoas têm regras, as pessoas... Se começarem a desobedecer as leis deles para atender ao pedido do presidente (do Brasil), daqui a pouco há uma avacalhação", disse Lula, que, no entanto, afirmou que nenhuma mulher deveria ser apedrejada.

Adultério

Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irã desde maio de 2006, quando um tribunal na Província do Azerbaijão Ocidental a considerou culpada por manter "relações ilícitas" com dois homens após a morte de seu marido.

Ela foi punida com 99 chibatadas. Mas, em setembro daquele mesmo ano, durante o julgamento de um homem acusado de assassinar o marido de Sakineh, outro tribunal reabriu um caso de adultério baseado em eventos que teriam ocorrido antes da morte dele.

No início deste mês, uma agência de notícias iraniana informou que autoridades judiciais do país haviam temporariamente cancelado a sentença por apedrejamento.

Ashtiani, no entanto, ainda pode ser sentenciada à morte por enforcamento. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: BBC via Estadão