Foto: Reuters / Sérgio Moraes

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Aberração: "Estupro corretivo" para tornar mulheres lésbicas em mulheres heterosexuais!!!

South Africa: Declare 'Corrective Rape' a Hate-Crime

UPDATE: This is now the most popular Change.org petition of all time! But what has the minister done in response? Absolutely nothing. That's about to change, with a new petition calling on Minister Radebe to meet with Luleki Sizwe founder Ndumie Funda. For regular updates on the 'corrective rape' campaign please 'Like' the Human Rights Facebook and Twitter pages and try to check in regularly.

"Corrective Rape" is a term used to describe when a male rapes a lesbian with the aim of 'turning' her heterosexual!
This heinous crime is prolific in South Africa, especially in the "townships". 
Most of the victims are tortured, grievously assaulted and sometimes murdered! They are also prone to getting HIV/AIDS from the assault, and many of them commit suicide as a result of the "corrective rape"!
The South African government and justice system are failing the victims of Corrective Rape by letting the perpetrators out on ridiculously low bail, and taking literally years to bring the court-cases to a conclusion. In the meantime the victims have to live with seeing and being taunted and threatened by their rapists every day, as do those who help the victims!
In the last 10 years:


 *31 lesbian women have been murdered because of their sexuality 
 *More than 10 lesbians a week are raped or gang raped in Cape Town alone 
 *150 women are raped every day in South Africa 
 *For every 25 men accused of rape in South Africa, 24 walk free


Despite all this, hate crimes on the basis of sexual orientation are not recognised by South African law!
We call on the South African government to declare "Corrective Rape" a Hate-Crime that is punishable by the harshest sentences!
For regular updates on the 'corrective rape' campaign please 'Like' the Human Rights Facebook and Twitter pages and try to check in regularly.

Fonte: Change.org 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

IBGE: Um a cada 2 brasileiros se sente inseguro mesmo em casa

Estudo do Pnad 2009 revela que 77 milhões de pessoas têm medo de andar pelas ruas por causa da violência

15 de dezembro de 2010 | 11h 34
Luciana Nunes Leal e Felipe Werneck - O Estado de S.Paulo
RIO - Apenas 52,8% dos brasileiros, pouco mais da metade da população do País, com 10 anos ou mais se sentem seguros nas cidades onde vivem, revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Suplemento de Vitimização e Justiça da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgado nesta quarta-feira, 15. São 77 milhões de pessoas com medo de andar pelas ruas por causa da violência.
A sensação de segurança aumenta gradativamente quando a referência é o bairro de residência, onde 67,1% declararam se sentir seguros, e o domicílio (78,6%). Ou seja: à medida que a população se afasta do local onde mora, o sentimento de insegurança aumenta. Mas, mesmo em casa, quase um em cada cinco brasileiros se sentia inseguro.
Os menores porcentuais de sensação de segurança foram registrados na Região Norte: 71,6% no domicílio, 59,8% no bairro e 48,2% na cidade. O Estado do Pará lidera o ranking nacional de insegurança. Lá, apenas 36,9% se sentiam seguros nas cidades onde moravam. Já a Região Sul apresentou as maiores proporções de sentimento de segurança: 81,9%, 72,6% e 60,5%, respectivamente.
A maior sensação de segurança foi registrada em Tocantins. O estudo mostra que quanto maior é a renda das famílias, maior a sensação de segurança nos domicílios. Já para os bairros e cidades, a relação se inverte, com maior sentimento de segurança entre as famílias com menores rendimentos.
Moradores de áreas rurais se sentem mais seguros. Quando a referência é a cidade onde vivem, a diferença chegou a quase vinte pontos porcentuais em relação a moradores de áreas urbanas: 69,3% se sentem seguros em áreas rurais, ante 49,7%. Os homens se declaram mais seguros que as mulheres tanto em casa como no bairro e na cidade. A sensação de segurança estava mais presente na faixa etária de 10 a 15 anos.
Fonte: Estadão

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Greve das polícias em Portugal - Polícias na rua para exigir ao Governo que "cumpra a lei"

Quase duas centenas de dirigentes e outros representantes sindicais das forças de segurança do país concentraram-se esta terça-feira diante da residência oficial do primeiro-ministro para instar o Governo a cumprir a legislação que “ele próprio criou e aprovou”. Perante a perspectiva de cortes orçamentais em 2011, os profissionais do sector temem que, dentro de um ano, os polícias “não tenham salário” e sejam forçados a “parar”.


Os agentes das diferentes forças e serviços de segurança – Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima e guardas prisionais – exigem que o Governo dê resposta às carências financeiras que antevêem para o próximo ano. Essa é uma das principais razões que estão na base dos protestos levados a São Bento pela Comissão Coordenadora Permanente das Associações Sindicais das Forças e Serviços de Segurança.

“As medidas de austeridade, as políticas para 2011, a serem cumpridas conforme foram anunciadas, vão ser mais prejudiciais ainda, vão agravar e prejudicar o funcionamento das instituições”, afirmou à Antena 1 o presidente da Associação Socio-Profissional da Polícia (ASPP/PSP). Os agentes, acrescentou Paulo Rodrigues, receiam “que o não funcionamento devido das instituições acabe por se reflectir negativamente na segurança prestada ao cidadão”.

De acordo com o dirigente sindical, a PSP vai entrar em 2011 “com um défice de 86 milhões de euros no que diz respeito ao pagamento de salários”: “Portanto, hoje já sabemos que em 2011 os polícias não sabem se vão receber o mês de Novembro e de Dezembro. Isto é grave”.

“Uma trapalhada”

Outra das reivindicações que levaram os polícias à residência oficial do primeiro-ministro prende-se com a necessidade de ver “cumprida a lei”, dado que a situação presente é “uma trapalhada”, nas palavras de Paulo Rodrigues. O responsável garante que os protestos vão continuar até que as estruturas sindicais tenham uma resposta a vários pedidos de reuniões com os ministérios da Administração Interna e das Finanças e com José Sócrates.

“O Governo tem criado diplomas, tem criado leis que impõe aos polícias e que, depois, o próprio Governo não cumpre, como é o caso do Estatuto Profissional que aprovou para a GNR e para a Polícia de Segurança Pública”, criticou o dirigente da ASPP/PSP. O diploma, explicou, “entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2010”, mas estão por actualizar “as posições remuneratórias, como obriga o próprio Estatuto”.

Ainda segundo Paulo Rodrigues, há neste momento profissionais da PSP com uma “posição remuneratória que já não existe”. Mas os cadernos reivindicativos são mais vastos: na GNR pede-se horários de trabalho definidos, sem serem “impostos de acordo com a vontade do superior hierárquico”; os guardas prisionais queixam-se de “falta de efectivo” e de “medidas de austeridade particulares”; os elementos do SEF dizem-se vítimas de um “retrocesso de seis anos na carreira”; por último, os agentes da Polícia Marítima querem ver o seu estatuto revisto e exigem o reconhecimento de liberdade sindical e a saída da tutela militar.

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional disse entretanto que vai esperar até ao final da semana por uma resposta sobre as horas extraordinárias e o suplemento de turno para decidir se mantém a greve marcada para os dias 22 e 23 de Dezembro.

Blindados

O ministro da Administração Interna esteve esta terça-feira na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi chamado a dar explicações sobre o processo de compra de seis viaturas blindadas para a Cimeira da NATO, realizada na capital portuguesa a 19 e 20 de Novembro. Rui Pereira adiantou que, dos cinco milhões de euros disponibilizados pelo Governo Civil de Lisboa para a aquisição de equipamento destinado à PSP, vão ser gastos somente dois milhões. Porque “não houve resposta do mercado a vários concursos”.

A Portugal chegaram apenas duas viaturas. “Faltam chegar quatro blindados e, se não chegarem no prazo máximo [final de Dezembro], claro que não os aceitaremos. Se chegarem dentro do prazo, accionaremos a cláusula que diz que há uma garantia que será abatida no preço. Se houver um atraso na entrega, existe uma cláusula penal indemnizatória e, se ultrapassar um certo período do atraso, o contrato é resolvido”, aclarou Rui Pereira na Assembleia da República.

A ASPP/PSP tem “dúvidas de que venham mais do que duas viaturas”. Paulo Rodrigues considera, por outro lado, que “não se pode resumir as necessidades da Polícia de Segurança Pública a nível de equipamento só com os blindados”. “Que eles são importantes em determinados cenários, que podem salvar vidas de polícias e até de cidadãos, isso é verdade”, ressalvou o dirigente sindical. “Estas foram bem-vindas, são importantes. Não sei, como é evidente, se são importantes mais quatro viaturas”, concluiu.


Fonte: RTP

Minas tem a menor taxa de homicídios do Brasil, mostra estudo

Estado com a segunda maior verba de segurança registrou 7,1 mortes a cada 100 mil pessoas em 2009

14 de dezembro de 2010 | 11h 54


Ítalo Reis - Estadão.com.br
SÃO PAULO - O Estado de Minas Gerais teve a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes do Brasil em 2009, segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram 7,1 mortes, um recuo de 33,2% em comparação com 2008, quando houve 10,7 assassinatos a cada 100 mil pessoas.
Pernambuco também registrou queda significativa no índice de homicídios. Segundo o documento, o recuo foi de 12,3% em 2009 ante 2008. Mas não há muito o que se comemorar, pois o Estado é um dos três mais violentos do Brasil. Com 42,6 mortes para cada 100 mil habitantes, ele só perde para o Espírito Santo (57,9/100 mil) e Alagoas (63,3/100 mil) no índice de mortes.
Estes números impulsionam a média nacional, de cerca de 25 homicídios para cada 100 mil habitantes. Maranhão, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os outros Estados que tiveram redução no número de assassinatos.
Em São Paulo, que recebeu a maior verba na segurança pública do País e tem mais que o dobro de habitantes, o número de assassinatos subiu 2,2%: foi de 10,8 mortes por 100 mil pessoas, em 2008, para 11,0 em 2009 - uma diferença de quase 3 homicídios a mais do que em Minas. No Rio, o indicador ficou em 33,2, leve oscilação de 0,7% em comparação a 2008.
O relatório aponta um dado semelhante nos Estados: as mortes causadas por armas de fogo se concentram entre jovens de 15 a 29 anos e o número de homicídios são maiores nessa faixa etária do que no restante da população.
"O que mais chama atenção é uma inflexão na tendência de queda dos homicídios cometidos por arma de fogo que vinha se desenhando desde 2000: enquanto a taxa média da população (todas as faixas etárias) manteve-se praticamente estável, verifica-se crescimento nas duas faixas etárias citadas", explica.
Investimento. De acordo com o levantamento do anuário, o Acre foi o Estado que teve o maior gasto com segurança pública por habitante do Brasil: foram gastos R$ 402,77 per capita. Amapá, Rondônia e Mato Grosso vêm em seguida, com R$ 399, R$ 376 e R$ 285, respectivamente.
Com o menor índice de mortes, Minas gastou R$ 280,51 em segurança por habitante em 2009, um aumento de 12,28% ante o investimento de 2008. O valor está um pouco acima da média nacional de gastos na área, que foi de R$ 238,29 no ano passado.
São Paulo destinou R$ 244,47 por habitante, alta de 11,93% em comparação a 2008, enquanto no Rio a despesa ficou em R$ 231,78, queda de 25,22%. A média de investimento repassado e investido pelo governo federal no ano passado foi de R$ 38,05 por pessoa.
Fonte: Estadão

Rio é o Estado que mais cortou gastos com segurança, aponta estudo

Enquanto o investimento do País no setor cresceu 15,4% entre 2008 e 2009, Rio reduziu verbas em 24,6%


Gabriel Pinheiro - Estadão.com.br
SÃO PAULO - Mesmo diante das estatísticas criminais em alta, o Rio de Janeiro foi o Estado brasileiro que mais cortou gastos com segurança pública. No ano passado, a área recebeu 24,6% menos recursos em comparação a 2008 - passou de R$ 4,9 bilhões para R$ 3,7 bilhões. No mesmo período, o País destinou R$ 45,6 bilhões ao setor, o que representa crescimento de 15,43%. Os dados são do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Apresentado nesta terça-feira, 14, o relatório mostra que o setor mais prejudicado com os cortes na segurança pública do Rio foi informação e inteligência - em 2008, a área teve investimento de R$ 70,5 milhões, contra R$ 26 milhões em 2009, uma queda 63,14%. No mesmo período, houve aumento nos índices de homicídio doloso (0,7%) e latrocínio (5,6%).
"Enquanto em 2008 o Rio de Janeiro gastava uma média de R$ 310,00 por habitante com segurança pública, em 2009 esse valor caiu para R$ 232,00, inferior aos R$ 270,00 observados em 2006, início da série histórica disponível neste Anuário", aponta o estudo.
Além do Rio, somente Roraima aparece na contramão da tendência nacional de aumento de gastos com a segurança, com uma redução de 7,6% nos investimentos nos dois últimos anos. Em 2008, foram destinados R$ 137 milhões à área, enquanto em 2009 o valor passou para cerca de R$ 127 milhões.
O estudo aponta que São Paulo segue como o Estado brasileiro que mais destina recursos ao setor. Entre 2008 e 2009, foi registrado crescimento de 12,96% nos gastos com a área, indo de R$ 8,9 bilhões para R$ 10,1 bilhões. Em seguida aparece Minas Gerais, que repassou R$ 4,9 bilhões à segurança pública em 2008 e R$ 5,6 bilhões em 2009, um crescimento de 13,32%.
"Em valores nominais, todos os Estados aumentaram suas despesas com a área acima da inflação acumulada nesse mesmo período (40,4% pelo IPCA). Entretanto, em termos relativos, municípios e União estão, proporcionalmente, investindo mais do que as Unidades da Federação em segurança pública", conclui a pesquisa.
Repercussão. À tarde, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PDMB), contestou a pesquisa. De acordo com o governador, em 2009 os gastos com inativos e pensões de policiais civis e militares passaram a ser contabilizados como custos de previdência, e não mais nas contas do setor de segurança. A mudança, segundo Cabral, justifica a redução nos números do setor.
Texto atualizado às 17h35.
Fonte: Estadão

domingo, 12 de dezembro de 2010

Militar é militar, polícia é polícia

AE - Alexandre Barros - AE
Estamos à beira de uma ladeira descendente. Se tudo correr conforme anunciado, as Forças Armadas virarão polícia e ocuparão mais favelas no Rio. Declarações oficiais dão conta de que a ocupação será "por tempo indeterminado".
Entre 1922 e 1985 as Forças Armadas brasileiras fizeram política. A Escola Militar era na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, a poucos quilômetros dos Palácios do Catete e Guanabara. Volta e meia, os cadetes saíam da escola para "dar um golpe".
Mudaram-na para Realengo, bem mais longe. Não melhorou muito. De 1922 a 1985 os transportes progrediram e a chegada de Realengo e da Vila Militar aos centros de poder foi ficando mais rápida.
Nesse meio tempo, tropas brasileiras participaram da 2.ª Guerra Mundial (se estiver interessado em saber mais sobre o assunto, vale a pena ler As Duas Faces da Glória, do jornalista e cientista político William Waack). Voltaram da Itália, derrubaram Getúlio Vargas. De 1946 a 1964 vivemos uma sucessão de golpes e contragolpes abortados. Em 1964 os militares tomaram o poder e não o entregaram a civis. E lá ficaram até 1985.
Um dos segredos da longevidade do regime militar brasileiro foi o estabelecimento de regras claras e previsíveis de sucessão, desde que um militar sucedesse a outro militar. Oscilamos entre períodos de linha mais e menos dura, mas quase todos os grupos político-militares tiveram sua vez. O regime militar brasileiro saiu melhor na foto histórica graças a essa previsibilidade da sucessão entre as várias facções militares do que foi o caso na Argentina e no Chile, este com Pinochet e aquela com a sucessão de Juntas.
Poucos se lembram, mas nossa atual democracia, inaugurada em 1985, já está durando mais do que a que prevaleceu entre 1946 e 1964.
As sucessivas entradas dos militares na política eram um resquício do período aristocrático (principalmente europeu), em que não havia diferença entre guerreiros e policiais. Os mesmos aristocratas faziam guerras externas e garantiam o poder internamente. O término do ciclo das ditaduras militares do fim do século 20 pretendeu enterrar esse período e mandar os militares para os quartéis.
Isso criou uma crise de identidade para os militares. De repente ficaram sem função, porque perderam suas funções tradicionais, que ainda mesclavam policiais e guerreiros. A experiência não foi boa.
Militares são treinados para matar e policiais, para combater criminosos, de acordo com as leis.
"Vivemos numa democracia. Se os senhores mandarem, assumiremos o controle da ordem interna, mas é bom que fique claro que nossos soldados são treinados para matar, não para ler os direitos constitucionais de suspeitos", disse um general americano em depoimento ao Congresso. Os congressistas desistiram da solução militar interna. Continuaram a fazer guerras em outros países.
No Brasil a crise de identidade permaneceu e os militares sentiam-se desconfortáveis com isso. Para eles, parece uma humilhação, mas, na realidade, não é. A IBM passou por uma bruta crise de identidade na década de 1990. O que ela sabia fazer - computadores - e a maneira como se organizava para fazê-los e vendê-los ficou defasada. Quase foi à falência. Demitiu mais de 100 mil funcionários no mundo, reorganizou-se, redefiniu sua função e vai muito bem, obrigada. Suas ações valem agora na Bolsa de Nova York cerca de US$ 145.
Os militares brasileiros também enfrentam sua crise de identidade. Para superá-la foram redefinidas suas funções como forças pacificadoras em países em crises de paz ou de guerra. Elas são exercidas em territórios de terceiros países e por tempo limitado, até que a ordem se restabeleça.
A participação dos militares na recente "pacificação" da Vila Cruzeiro e das favelas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, abriu um precedente perigoso. As primeiras notícias eram de que a Marinha cedera alguns carros de combate blindados para transportar policiais na ocupação das favelas. Era só apoio logístico.
Mas, da mesma maneira que o amor próprio rapidamente se pode tornar impróprio, o Exército também entrou em cena. Os soldados desceram dos carros blindados e passaram a ocupar entradas, saídas e território, até que, no sábado 4 de dezembro, anunciaram o governador do Rio de Janeiro e o ministro da Defesa que as Forças Armadas (as que lá estão e outras que venham a ser mobilizadas) ocuparão as favelas já "pacificadas" e as que ainda virão a sê-lo "por tempo indeterminado".
Como gostava de dizer Castelo Branco, foram bulir com os granadeiros e chamá-los a fazer o que não era sua tarefa.
As Forças de Paz que ocupam territórios de terceiros países, mal ou bem, têm um controle civil e/ou de uma organização internacional. Se as Forças Armadas voltarem a se ocupar de ordem interna no Brasil, a possibilidade de que os vícios que caracterizam as chamadas "bandas podres" das polícias contaminem os militares são grandes. Depois que eles estiverem dentro das cidades (favelas ou não), não será fácil desalojá-los. Chamar os militares implica também adiar a tarefa prioritária de reformar e modernizar as forças policiais.
O curioso dessa história é que sumiu da discussão o tráfico de drogas, como se, por milagre, ele tivesse desaparecido só porque os militares entraram em cena. Mas a demanda por drogas está aí, não acabou. Alguém vai cuidar da oferta. Um risco é que os militares também entrem nisso.
Antes que o filme queime, mantenhamos polícias sendo polícias e militares sendo militares. Seria um retrocesso muito grande eliminar essa distinção, pelas consequências de médio prazo que já sabemos que não são boas. Só não sabemos quanto tempo demoram a ocorrer.
CIENTISTA POLÍTICO, É DIRETOR-GERENTE DA EARLY WARNING: ANÁLISE DE RISCO POLÍTICO (BRASÍLIA)
Fonte: Folhaonline

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dez passos para fazer de seu filho um criminoso!!







Policiais de Houston, no Texas, publicaram uma norma de 10 atitudes, por parte dos pais, que certamente podem levar os filhos desde uma rebeldia agressiva até a própria delinquência.  Veja os tópicos e confira se algo parecido não esteja oco rrendo com você:

1) Comece, desde a infância, a dar ao seu filho tudo que ele quiser.  Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigações de lhe dar tudo o que ele deseja;

2) Quando ele disser nomes feios, ache graça.  Isso o fará acreditar que palavrões e insultos são sempre pertinentes;

3) Nuca lhe dê qualquer orientação religiosa.   Espere até ele chegar aos 21 anos e decida por si mesmo;

4) Dê-lhe todo direito que quiser;

5) Discuta com frequência na presença deles.  Assim não ficará muito chateado quando o lar se desfizer mais tarde;

6) Apanhe tudo que ele deixar jogado, como livros, sapatos, roupas, etc.  Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade;

7) Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto.  Negar pode acarretar "frustrações prejudiciais";

8) Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais.  (Todos têm má vontade com seu filho);

9) Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nuca consegui dominá-lo";

e finalmente...

10) Prepare-se para uma vida de desgosto.

O texto ainda comenta:
 
Vivemos num mundo com tanta violência e visível falta de educação.  Vale a pena pensarmos melhor em que tipo de valores estamos repassando aos nossos filhos.   Se você achou interessante esta mensagem, repasse ao maior número possível de pais, professores e de, futuros pais.  O mundo precisa de cidadãos de bem e a responsabilidade também é nossa.

Apoio: Projeto Conscientizar

Viver bem é Possível !

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Polícia Comunitária ou Interativa


Reflexão Sobre os Benefícios da Polícia Comunitária

Ivenio Hermes Junior - Rio de Janeiro(RJ) - 07/12/2010
O pensamento policial atual não deve mais divergir dessa modalidade de policiamento. Seus inúmeros benefícios incluem a própria filosofia estar em comunhão ou estar próximo de alguém.

Essa assim chamada estratégia de policiamento, envolve a aproximação, o envolvimento e o comprometimento das instituições de segurança pública com a própria comunidade que demanda esse benefício, juntando suas forças para a preservação da vida, do patrimônio das pessoas e da ordem pública em geral.

Uma aproximação deste calibre, abre as portas do entendimento social e uma compreensão mais ampla do conceito de cidadania, gerando uma ligação entre o cidadão comum e o cidadão policial, uma ligação de mútua confiança que alicerça o comprometimento de ambas as partes.

Assim sendo, toda a sociedade é beneficiada pois seu envolvimento é geral e determina grandes possibilidades de sucesso. A inteligência policial e a polícia ostensiva, trabalham juntas com a comunidade para ações proativas de policiamento e da mesma forma de ações operacionais, planejadas a partir de informes gerados pelo próprio envolvimento social que o conceito de polícia comunitária aplica.

Além dessa característica que poderíamos chamar de subjetiva, temos os benefícios da transparência da atividade policial, nas ações proativas e nas ações preventivas, na reeducação da comunidade e do policial, na integração entre os componentes da segurança pública em gestões integradas e coativas em prol de proteger e servir para empreender esforços de todos no combate ao crime.
 
REFERÊNCIAS INTERESSANTES:
TORRES, Douglas Dias. “Polícia Comunitária e a prevenção e investigação criminal.” Disponível em http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/536/Policia-Comunitaria-e-a-prevencao-e-investigacao-criminal Último acesso em 07, dez, 2010

Site da “Polícia Comunitária” disponível em http://www.policiacomunitaria.com.br/ Último acesso em 07, dez, 2010

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dilma e Lula penalizam a polícia do presente por vingança da polícia do passado?

A sociedade brasileira necessita ficar atenta quanto a sua segurança. A presidente eleita Dilma demonstra que não é de interesse de sua gestão a valorização das instituições policiais estaduais de forma digna. Seu guia e líder, presidente Lula, vem seguindo a mesma linha de raciocínio. O uso das Forças Armadas em ações de segurança pública é válido e eficiente mas não substitui as polícias. Se assim fosse não seria necessário ter polícia e sim somente Exército, Marinha e Aeronáutica.

Diante dos recentes acontecimentos no Rio de Janeiro, a sociedade pode comprovar a importância de ser ter uma polícia. Cada cidadão brasileiro deve a partir desses acontecimentos refletir se cabe ainda conviver com instituições policiais mal remuneradas, desmotivadas e dentro de um sistema que necessita de reforma. O cidadão brasileiro que paga seus impostos não pode mais aceitar o rancor de ex-presos políticos interferir na gestão da segurança pública. A insistência das lideranças esquerdistas desse país em abandonar as forças policiais por terem sido torturados penaliza uma geração de brasileiros que em nada contribuiu para essa ditadura por ter nascido na democracia.

André Silva

Dilma quer usar as Forças Armadas ao invés de valorizar as polícias coma PEC300?

Dilma quer Exército no Rio até a Copa e planeja espalhar modelo pelo Brasil

Satisfeita com ação no Alemão, presidente eleita já cogita, entre outras medidas, o patrulhamento da Baía de Guanabara pela Marinha

01 de dezembro de 2010 | 0h 00

Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo
Baía de Guanabara patrulhada pela Marinha. Envio de tropas e equipamentos militares para cercar e livrar outras comunidades fluminenses do tráfico e garantir investimentos sociais nesses lugares. Repetição da parceria entre polícias e Forças Armadas em outras capitais com problemas de segurança. O sucesso da invasão no Complexo do Alemão, no domingo, deixou a presidente eleita, Dilma Rousseff, entusiasmada e vai servir de modelo a novas ações em seu mandato, que acaba cinco meses depois da Copa de 2014.
O Rio de Janeiro foi considerado um excelente "laboratório", com resultados "mais do que satisfatórios", para testar o uso de Exército, Marinha e Aeronáutica no combate ao crime. Por isso, deve ser repetido. O tema foi debatido na noite de anteontem em Brasília durante reunião entre o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, a presidente eleita e o futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
O relato do encontro entre o grupo foi feito ao Estado por Pezão. Das três horas de reunião, duas foram ocupadas pela parceria. "Nós não queremos cargos nem ministério. Queremos ajuda das Forças Armadas na segurança pública e para fazer obras dentro das favelas", disse Pezão.
Segundo o vice-governador, o modelo de parceria entre Exército e polícia deve nortear a política de segurança pública da presidente eleita, que vai suceder dois mandatos presidenciais duramente criticados pela omissão no setor. "Dilma se mostrou entusiasmada em poder colocar tanto homens quanto equipamentos à disposição. Quando assumiu, o governador Sérgio Cabral disse que até o fim do mandato iria entregar todos os territórios livres de milícias e do tráfico. Esse objetivo se torna mais concreto com a parceria que nos foi oferecida", afirmou Pezão.
Na avaliação do vice-governador, a parceria será benéfica também para as Forças Armadas. "Sempre se ouve aquela crítica: "Estão (os militares) ajudando no Haiti, por que não ajudam o Rio de Janeiro e o Brasil?" Isso vai mudar depois da experiência que tivemos aqui", diz. O governador Sérgio Cabral ainda participa hoje de reunião com o comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, para discutir os rumos da operação.
Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou ontem que as Forças Armadas continuarão combatendo o tráfico de drogas no Rio por tempo indeterminado. Em entrevista após visita às obras da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Estado do Maranhão, ele ressaltou que o governo federal está determinado a ajudar o Estado a resolver o problema da criminalidade. "(As tropas) vão ficar o tempo que for necessário para garantirmos a paz", disse.
Lula ressaltou a importância da parceria dos governos federal e estadual para as ações contra o tráfico. E observou que o governo federal só pode enviar tropas após pedido formal do governador, como prevê a Constituição. "Eu fiquei feliz por o Sérgio Cabral ter pedido apoio. Nós não podemos interferir. Ele teve sensibilidade, humildade e competência de pedir o apoio e prontamente atendemos", disse.
Lula observou ainda que foi no seu governo que as Forças Armadas passaram a atuar com poder de polícia na vigilância das fronteiras. "Agora, conseguimos que façam o controle das fronteiras." O presidente também destacou que o governo estuda a compra de aviões de Israel para o patrulhamento e o combate ao crime organizado. "Vamos controlar melhor nossas fronteiras", prometeu. / COLABOROU LEONÊNCIO NOSSA
Fonte: Estadão

A luta dos policiais cariocas e a luta pela PEC 300


*José Luiz Barbosa



As forças de segurança do Brasil são o retrato da omissão, do descaso, do abandono e até de crime de responsabilidade praticados pelos chefes do poder executivo estaduais e federal, por olvidarem da importância dos trabalhadores da segurança pública e da essencialidade do serviço público estatal.
Paradoxalmente ao discurso oficial, de que segurança pública é serviço essencial, não vemos e não obtemos tratamento digno e a altura do clamor social, que elevou nos últimos anos, a segurança pública a um bem de primeira necessidade, estando posicionado entre os três mais reivindicados, entre educação e saúde, variando sua classificação entre primeiro e segundo lugar.
Durante as eleições não foram poucos os candidatos a governos, que listaram suas prioridades na agenda política de compromissos assumidos com os cidadãos eleitores, uns até de forma mais incisiva e concreta, como os estados que já se anteciparam ao implantarem o piso salarial nacional, tendo como base os valores que já se consagraram no texto da PEC 300/446.
Se o serviço de segurança pública comprovadamente é requisito de governabilidade e desenvolvimento social caracterizado como essencial, como muito mais razão o são também seus trabalhadores, que não medem esforços, sacrifícios e desprendimento para levar paz e tranquilidade aos cidadãos que sofrem com as investidas dos criminosos, vide invasão do complexo do alemão e vila cruzeiro no Rio de Janeiro.
A omissão estatal e a ausência de uma política de valorização profissional, a começar pela concessão de salários dignos e justos, demonstra que o governo ainda não adotou em seu planejamento propostas para a área,  o que reflete em desmotivação e desestimulo para a carreira de profissional de segurança pública, tornando-a pouco valorizada e atrativa.
Assim como houve articulação nacional para o enfrentamento da criminalidade no Rio de Janeiro, com a integração do estado, união e município, os policiais e bombeiros militares devem também se articular para enfrentar a política de desvalorização das forças de segurança pública, sob pena de sermos somente vistos, reconhecidos e valorizados quando houver outra crise de violência, terrorismo e afronta ao estado democrático de direito.
A coragem, a ousadia, e a fé que é possível vencer esta luta, devem também ser os valores para nossa incansável luta pela valorização profissional, com a aprovação da PEC 300, que não é nenhum privilégio ou benesse, mas a garantia de que podemos trabalhar com segurança, pois se somos agentes estatais, e a sociedade elegeu a segurança, como uma de suas prioridades, é forçoso que  haja na mesma proporção a contraprestação remuneratória, para que possamos ter mais dignidade no exercício das atividades de proteger o cidadão.
Parece que agora, após a grave crise que se abateu no Rio de Janeiro, mais do que nunca ficou claro que somente com profissionais capacitados, valorizados e reconhecidos é que poderemos vencer ou conter a escalada da violência e criminalidade, que ultrapassou as fronteiras de estados, países e nações.
Não há como dissociar o trabalhador de seu trabalho, pois se assim fosse, certamente poderíamos prescindir do trabalhador, o que temos consciência ser impossível, e os policiais e bombeiros militares, já tomaram consciência de que será também com luta que alcançaremos a tão acalentada valorização profissional, ou então sucumbiremos e seremos subjugados pelo poder político.
Não haverá outra oportunidade! pensem e ajam enquanto é tempo, pois não será recuando que conquistaremos direitos, assim como na operação carioca, há a necessidade urgente de também planejarmos ofensivas para que o governo cumpra suas funções, porque de nossa parte a criminalidade terá respostas efetivas no enfrentamento para que a paz reine em toda sociedade brasileira.



2º Sgt PM, presidente da Associação Cidadania e Dignidade, bacharel em direito e fundador do blog "Política, Cidadania e Dignidade" (http://politicacidadaniaedignidade.blogspot.com)