Foto: Reuters / Sérgio Moraes

sábado, 26 de junho de 2010

Prevenção é a aposta mineira para o combate às drogas

Atividades culturais e esportivas marcam o Internacional Contra o Abuso e o Tráfico de Drogas Ilícitas

Luciane Evans - Estado de Minas

O consumo de crack e cocaína avança na América do Sul, como alertou nesta semana o Relatório Mundial Sobre Drogas 2010, das Nações Unidas. O Brasil é o maior mercado sul-americano, com 900 mil usuários. Nas universidades de 27 capitais brasileiras, inclusive em Belo Horizonte, 49% dos estudantes confessam ter experimentado drogas pelo menos uma vez na vida. Em Minas Gerais, somente no ano passado, dos 1.117 pacientes atendidos no Centro Mineiro de Toxicomania (CMT) da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), 39,21% eram viciados em crack. Os números são cada vez mais alarmantes e, neste sábado, dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico de Drogas Ilícitas, os esforços se concentram em mudar essa realidade, apostando na prevenção, com o esporte e a cultura como armas.

A Secretaria Estadual de Esportes e da Juventude (SEEJ) /Subsecretaria Estadual Antidrogas, em parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) Terra da Sobriedade, promove, na Orla da Pampulha, um dia de atrações culturais e esportivas, entre elas a apresentação do Tambolelê. A expectativa é de que mais de 1 mil pessoas participem. Haverá também o terceiro passeio Pedalando Pela Vida, que espera reunir cerca de 100 ciclistas.

Nesta semana, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), divulgou o 1º Levantamento Nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas. Foram entrevistados 18 mil universitários, e 49% revelaram já ter experimentado drogas ilícitas alguma vez na vida. A pesquisa foi feita entre as universidades dos 27 capitais brasileiras. Em BH, participaram do estudo as universidades Federal de Minas Gerais (UFMG), Estadual de Minas Gerais (Uemg) e Fumec, além do Centro Universitário Newton Paiva.

Drogas ilícitas

Para lembrar a data, a Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas, da Associação Médica de Minas Gerais (Contad-AMMG) fez, nesta semana, um alerta contra o álcool e o fumo. Médicos da AMMG foram em um popular botequim da capital para medir o teor de álcool e monóxido de carbono no ar expirado por clientes e funcionários.


Segundo pesquisa divulgada na segunda-feira pelo Ministério da Saúde (Vigitel 2009), 15,5% da população brasileira fuma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 2,6 mil não fumantes morrem a cada ano no Brasil devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. O número de brasileiros que admitem consumir álcool em excesso passou de 16,2% da população, em 2006, para 18,9%, em 2009. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o percentual de abuso de bebidas alcoólicas é ainda maior: 23%.

Fonte: Portal Uai
 

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