Foto: Reuters / Sérgio Moraes

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Governadores da Nigéria propõem matar presos para esvaziar prisões


País africano tem mais de 40 mil prisioneiros, mas 36 mil ainda não foram julgados


Os 36 governadores da Nigéria defenderam uma medida no mínimo polêmica para acabar com as prisões superlotadas do país: "executar" cerca de 330 condenados que que esperam no corredor da morte há anos.
O governador de Abia, Theodore Orji, afirmou na última terça-feira (20) que os Estados chegaram a um consenso sobre a questão, após uma reunião na capital Abuja com outros ministros, no Conselho Nacional Econômico.
-Houve um acordo, segundo o qual as pessoas que foram condenadas devem ser executadas.
O porta-voz dos serviços penitenciários, Kayode Odeyemi, informou que existem atualmente 40.106 prisioneiros na Nigéria, dos quais 330 esperam pela execução.
Existem ainda 36 mil prisioneiros que aguardam julgamento. Para esses detentos, que segundo os governadores representam 80% da população carcerária, os participantes na reunião propõem que alguns sejam libertados, pelo menos aqueles que já estão há muito tempo atrás das grades.
Mas o militante de direitos humanos da organização Open Society Justice Iniciative, o advogado Chidi Ansel Odinkalu, recomenda aos governadores que se dediquem mais a estudar os métodos utilizados pela polícia frente à criminalidade do país.
-É um grande problema na Nigéria que a polícia não possa investigar da forma correta. O único meio que dispõe é a tortura seguida pela confissão.


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Fonte: Portal R7

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