Foto: Reuters / Sérgio Moraes

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Comentário por André Silva: Presença "ianque" na América do Sul e a corrida armamentista

Segundo Dennis Blair, diretor dos serviços de inteligência americanos, os Estados Unidos gastam 75 Bilhões de dólares por anos nas atividades de inteligência. Ao todo são 200.000 pessoas a serviço da inteligência americana sem considerar a inteligência militar.
O Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União da Nações Sul-Americanas (Unasul) se reúnem para discutirem o acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos em que bases americanas são instaladas em território Colômbiano, enquanto a Venezuela de Chávez compra equipamento militar da Rússia, a Bolívia de Morales anseia um satélite de comunicação dos chineses e material militar russo e o Brasil negocia a compra de caças, submarinos e elicópteros franceses.
Álvaro Uribe defende que sua compra de armas seria para "organizar a casa", Chávez se justifica dizendo que se sente ameçado pelos americano que se instalaram na Colômbia e que tem a obrigação de defender suas desejadas reservas petróleo, o Brasil segue o discurso da defesa da riqueza nacional, o petróleo (pré-sal) e a Bolívia ainda não se justificou mas certamente não deverá seguir a argumentação dos seus vizinhos (defesa nacional e ameaça "ianque").
O fato é que a Unasul está preocupada com a visível corrida armamentista que foi desencadeada pela presença militar do exército de Barak Obama na América do Sul. Chávez considera as setes bases do exército dos USA em território colombiano como uma "declaração de guerra".
A instabilidade criada na América do Sul é antes de tudo uma corrida por energia, petróleo. A maior potência do mundo que aumentar sua influência no sul do continente dominado por governos esquerdistas e anti-americano. A Colômbia vive uma crise a décadas com os para-militares, as Farc e as drogas. Motivo e justificativa para um acordo militar uma vez que a droga colombiana abastece o mercado norte-americano e europeu. O Plano Colômbia, hoje questionado na sua eficência, é uma estratégia de permanência americana do país e consequentemente no sul continente. Os narcotraficantes colombianos são considerados terroristas pelos americanos, o que torna a presença deles parte da luta contra o terror.
Diante da necessidade dos países desenvolvidos de garantirem o abastecimento de petróleo para a sobrevivência de suas economias nas próximas décadas, e diante da fracassada invasão no Iraque em buscas das armas de destruição em massa, ou da garantia do petróleo, é esperado que a américa do sul se arme uma vez que a região é rica em recursos energéticos.
A Unasul quer uma explicação de Uribe e Obama quanto ao acordo. A estratégia americana de derrubar governos de sociedades "não-ocidentalizadas" para "ocidentalizá-las" com coca-cola, democracia e liberdade não parace se adaptar à realidade sul-americana. Resta saber quantos dos bilhões de dólares destinados ao serviço de inteligência estão sendo investidos nos interesses "ianques" na América do Sul.
Por André Silva

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