Foto: Reuters / Sérgio Moraes

domingo, 20 de setembro de 2009

Quanta tecnologia...

Tecnologia consegue rastrear local exato onde arma é disparada
Sensor de tiros é um aliado da polícia norte-americana no combate ao crime.

Nos Estados Unidos, uma tecnologia acaba com a ideia de bala perdida. O equipamento consegue indicar, só pelo som, de onde parte o tiro.
Em São Francisco, nos Estados Unidos, um tiro é dado em algum ponto da cidade. Minutos depois, a polícia chega ao local exato e a quem fez o disparo.
A tecnologia desenvolvida em uma empresa da cidade americana de Monteville, a meia hora de São Francisco, na Califórnia, vem mudando o combate ao crime em 45 cidades dos EUA. O novo método liga a um programa de computador sensores de áudio espalhados pelas cidades.
Segundo o diretor da empresa, James Beldock, com a tecnologia a polícia fica sabendo de 80% a 90% dos disparos de armas. E com detalhes, como se o tiro vem da parte de trás de uma casa, por exemplo. A margem de erro é de apenas dez metros.
Quando o gatilho é puxado, o barulho do tiro se espalha na velocidade do som e alcança sensores a até três quilômetros do lugar do disparo. Cada sensor tem quatro microfones. A direção do tiro é determinada pelo microfone que captar primeiro o barulho. O sistema GPS calcula, então, a distância e encontra o local do disparo.
Todas as informações captadas pelos sensores são transmitidas para centrais, instaladas em vários lugares, incluindo algumas delegacias. Elas aparecem nas telas, com todos os detalhes, em menos de cinco segundos. A polícia chega ao local exato do crime em poucos minutos e já chega sabendo, por exemplo, quantos tiros foram disparados e se havia mais de um tipo de arma envolvida no tiroteio.
Armas de dois calibres disparando ao mesmo tempo. O programa desenha na tela do computador a região coberta por um sensor.
Em uma delas, cada balão vermelho registrado no mapa representa um tiro registrado nos últimos 30 dias. Um dos cruzamentos, por exemplo, é o campeão em disparos. A precisão de detalhes chega ao ponto de mostrar se o atirador está dentro de um carro e se o tiro foi dado em movimento.
Em Richmond é uma das cidades mais violentas da Califórnia por causa das brigas entre gangues rivais. Quase toda a área urbana é coberta pelo sistema que detecta os tiros de armas de fogo. Os sensores ficam ocultos, escondidos no alto das casas, dos telhados e não podem ser mostrados por questões de segurança, mas não perdem nenhum detalhe.
O xerife da cidade mostra o lugar de um tiro captado pelo rastreador, em um caso em que a polícia conseguiu socorrer duas pessoas feridas. "Se houvesse demora, elas estariam mortas”, ele conta, “porque ninguém ligou para polícia pedindo ajuda”.
A polícia de São Francisco também já viu resultados. O delegado explica que pouca gente denuncia disparos de tiros. Eles geralmente acontecem de madrugada, não se sabe bem onde, nem se foi mesmo o que parece ter sido. Se não estiverem em perigo, as pessoas se viram para o lado e tratam de voltar a dormir.
“Com os sensores”, continua o policial, “caíram pela metade os crimes ligados a armas de fogo.”E completa, "graças aos detalhes fornecidos por essa tecnologia que não dorme, não é indiferente e é muito exata".

Fonte: Fantástico
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1311497-15605,00.html

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